quarta-feira, 2 de julho de 2008

A arte dos cafés

Café é como vinho. Uma bebida viva, onde as condições climáticas e armazenamento influem diretamente no sabor. E onde o prazer de saber apreciar um bom café é, sem dúvida, muito mais salutar que consumi-lo em quantidades exageradas.

Deste modo, tenho tido a oportunidade de provar os mais variados tipos de café especiais que são confeccionados. Nada contra os tradicionais pacotes de 500 gramas ou 1 quilo que encontramos nos supermercados. Inclusive, estes ainda são os mais indicados para o café-da-manhã, onde o importante á acordar e, com mais pressa, normalmente não nos dispomos a apreciar o verdadeiro aroma de um café artesenal.

O primeiro deles, em março, veio de presente através de um amigo da família, que produz café por hobby em sua propriedade, no interior do Paraná. Este blend denominado Black Bourbon tem um cuidado especial de aproveitar apenas os grãos vermelhos, já maduros e não passados do ponto, sem deixá-los cair na terra para evitar fermentação. Além de puro, o café tem um aroma diferenciado, sem ser fraco, pelo contrário. Foi a primeira grande experiência que tive, ao acaso, mas que abriu os olhos para outros.

Assim, numa ida ao Café do Porto, já aproveitei para adquirir 250 gramas do café da própria casa. Também delicioso e puro. Já havia várias unidades embaladas em pacotes hermeticamente fechados para a venda, mas pedi que moessem os grãos na hora, de modo a levá-los ainda mais novinhos para casa. Paguei apenas R$ 1,00 a mais, saindo em torno de 9 reais o pacote. Recomendo a todos que não comprem pacotes maiores que 250 gramas, pois o bom é ter o café sempre novinho, não deixando assim o pó envelhecer. A validade média é de 120 dias após aberto.

Ontem, no Z Café do Iguatemi, resolvi fazer um novo investimento e comprei um moedor de café. É um aparelho bastante simples, de preço razoavelmente acessível para quem aprecia a arte dos cafés. Comprei com isso o café em grãos, para moer na hora em que vou tomar. Adquiri a modalidade de café "expresso", que ganha este nome por ser mais forte que o "especial". Lembrando que sempre falo em cafés para tomar passado, e não expresso, pois não possuo - e nem pretendo possuir - uma máquina de expresso em casa.

O resultado foi um café delicioso, com aquele cheirinho típico de quem toma um expresso numa cafeteria. O grão moído na hora deixa o aroma ainda mais presente. Importante: não dá para moer demais nem de menos o café. Há uma grossura certa, pois ele não pode ficar nem como uma "farinha" nem em pedrinhas.

Aqui vão algumas dicas, muitas deles retiradas do próprio portal do Z Café para o preparo e conservação do pó e dos grãos:

1) Utilize sempre água filtrada, pois o cloro pode alterar o sabor do café;
2) Para quem passa café sem uma cafeteira elétrica, não deixar a água ferver; depois, ao passar, despeje a água em movimentos circulares, para que todo o aroma do pó seja aproveitado;
3) Ao adquirir cafés especiais, mantenha-o em potes hermeticamente lacrados, de preferência na geladeira;
4) Se acostume a beber o café sem adoçá-lo. Pode parecer amargo, mas, quando te habituares, verás a colocação de açúcar ou adoçante como um verdadeiro sacrilégio. Estes elementos só servem para mascarar o gosto de um mau café.

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