domingo, 19 de agosto de 2007

Sabor da fronteira

Conforme prometido aqui por mim durante a semana, fiz no almoço deste domingo um carreteiro de charque à moda são-borjense, tal qual meu pai me ensinou e sempre fez aqui em casa. E, ao contrário daquele talharim ao pesto da terça passada, deu muito certo.

É preciso, antes de mais nada, deixar bem claro que este é um carreteiro diferente do que normalmente o público porto-alegrense está acostumado: nele não vai molho vermelho, nem carne moída. Vai charque, cebola picada ou liquidificada e outros temperos típicos, porém simples.

Para prepará-lo, precisarás de:

2 xícaras de charque picado
1 cebola
4 dentes de alho
2 copos e meio de arroz branco
5 copos de água
2 ovos
salsa
4 colheres de chá de manjerona
1 limão

As medidas indicadas são para 4 pessoas. Primeiro, deixe o charque picado de molho por no mínimo uma hora. Depois, pique a cebola ou passe-a no liquidificador (meu caso). Coloque óleo numa panela e despeje a cebola nela, com o charque. Espere fritar e, depois, coloque o arroz. Ponha 4 dos copos de água após colocar o arroz, despeje a manjerona, mexa e tampe a panela. Espere ferver bem e baixe o fogo. Dê uma provada no sal neste momento.

Quando estiver quase seco, coloque mais um copo de água (quente, obrigatoriamente), mantenha o fogo baixo e tampe a panela. Quando a água tiver novamente rareado, pode servir porque está pronto.

Os ovos e a salsa são usados a parte. Faça os ovos cozidos e pique-os a seguir, misture com salsa picada e deixe num recipiente à parte, para servir o tempero por cima do carreteiro. O limão pode ser usado para dar um gostinho especial, com umas gotinhas por cima. Pode parecer esdrúxulo, mas cai muito bem.

Esta é a receita simplificada. Quaisquer dúvidas ou macetes, podem entrar em contato. Mas, fazendo o indicado, é impossível que não fique, no mínimo, muito bom.

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